Sunday, November 13, 2011

Samba

Ah pois é! Eu, je, me myself fui ao Samba!
E o que é que significa isto de ir ao Samba? Então é o seguinte: é uma espécie de um concerto numa praça, gratuito obviamente, com barraquinhas que vendem espetinhos - espetadas - de frango, salsicha, carne, queijo coalho (com ou sem oregãos), que curiosamente mergulham num molho campanhã para depois a farofa pegar - muita técnica.
A banda toca, várias pessoas entram para cantar, e toda a gente no público sabe as letras e cantam e dançam como se não houvesse amanhã! (e acredito que para alguns não há mesmo, à medida que vão emborcando latões de cerveja e caipirinhas de limão - lima - uva, kiwi, etc). Tive o prazer de ir com uma carioca de gema que conhecia todas as músicas e dançava com tanta energia que me deixava estupefacta (ela ainda quer ir para o samba hoje, mas eu tenho as minhas limitações físicas, aquilo cansa)

Agora vamos à lista do post anterior:
Koni: tenho um à porta de casa, literalmente, e é uma maravilha! Quando não nos apetece cozinhar é sempre uma boa opção, bem como o Cafeína, que é um cafézinho com padaria, que tem tudo de bom: café, cappuccino, mocaccino, cocolate quente, cocolate com leite e café, café com doce de leite, etc... waffles, scones, torradas, broinha, sandwiches (aqui não há "sandes")
Por falar nisso, é óptimo para brunchar, que foi o que fizemos já diversas vezes depois do trabalho, e hoje ao pequeno almoço (às 6 da tarde) no Pão e Companhia - tem um amplo bufete de comida a peso com uma grande variedade de pastelarias e ovos mexidos, umas bruschetas deliciosas, enfim.

Voltando à lista, na terça-feira a malta lá do escritório entrava gratuitamente na Casa Cor em Botafogo, num palacete antigo brutal, com decorações porreiras (mas como este ano já tinha tido uma semana intensa de Design Week - fuorisaloni em Milão, a coisa aqui não foi assim nada de breathtaking). Fui lá com a Roberta, Daniela e Leilane, e o resto do pessoal ia lá ter depois. Tínhamos de dar um pulinho na apresentação da Deca Garden Lounge, por Bel Lobo e Bob Neri, o espaço estava muito engraçado, mas o que foi mesmo uma surpresa foi quando os arquitectos começaram a cantar com um grupo de amigos, suponho que também fossem arquitectos, tipo em coro, muito coordenados e principalmente, muito divertidos, a-do-rei! (fotos)






















Reidy foi um arquitecto modernista brasileiro, que foi um dos "criadores" do Rio de Janeiro em termos urbanísticos. O filme está brutalíssimo e aconselho todos os arquitectos a ver, por razões óbvias, e a todos os que amam esta cidade, para aprender muito sobre ela. Apesar de alguns problemas de som na entrevista ao Paulo Mendes da Rocha (fez o projecto para o novo Museu dos Coches em Lisboa e escreveu um livro muito engraçado Maquetes de Papel) o documentário tem bastante qualidade! Tem animações muito giras sobre o "desmonte" de algumas favelas, a construção do aterro, e os processos construtivos de uma obra divinal: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (procurem imagens no google, a sério, o edifício não tem um único pilar!! É não só uma obra de arquitectura genial, mas também de engenharia)
Quem fez o filme foi uma sobrinha da esposa dele, que conseguiu entrevistar Lúcio Costa antes de este falecer (obviamente) e deixou essa entrevista na gaveta durante 8 anos antes de se dedicar ao filme. Apesar de não ser arquitecta, ela conseguiu compreender o urbanismo, arquitectura e design inerentes nos projectos de Reidy e representá-los na tela de cinema (até parece uma crítica de cinema a sério).
O melhor de tudo foi o local onde fomos assistir à pré-estreia: Instituto Moreira Sales, na Gávea.









Entretanto, e de forma a completar a lista, comi pão de queijo enquanto assistia o filme, óptimo, e quentinho, bastante elástico e basta dizer isto para vocês terem a ideia de quão delicioso era (patrocinado pela Dani, que gentilmente me salvou a vida quando me ofereceu algo para comer, neste caso, o referido pão de queijo)
Voltei para casa de metrô (ihihih - metrô) que, pelo menos na zona sul, é bastante limpo, até agradável (comparando com o buraco feio e sujo que havia em Milão) é um pouco mais caro que uma viagem de ônibus (ihihih - ônibus).
Também fomos ao cinema ver "O Palhaço" realizado pelo actor principal, Selton Mello, que, by the way, tem uma cena brutal no youtube sobre a ligação entre todos os filmes do Tarantino que vos vai deixar boquiabertos! "Tarantino's Mind", a não perder!


Amanhã vão fazer uma mega operação na Favela da Rocinha, e acho até curioso que anunciem tudo na tv (mostram os tanques e tudo!) que fica perto da Gávea, que por sua vez fica perto da Lagoa, que é onde eu trabalho (amanhã não porque é domingo, mas sabe-se lá o tempo que demoram estas coisas). Fun fact: é a maior favela do Rio, e nos últimos censos tinha 180 mil habitantes (imaginem os que não se registam, devem ser poucos...) e supostamente é a favela com maior densidade populacional da América Latina.

 *Hoje deu-me para colocar links com fartura...

1 comment:

Pipa said...

Ainda te vamos ver como Rainha da Bateria!!!
Tou cheia de vontade de vos ir visitar....ando a estudar o assunto!!