Monday, October 31, 2011

Hoje apanhei a molha da minha vida

Hoje apanhei a molha da minha vida.

Só me apetece dizer isto.

Mas vá, eu faço um esforço para me inspirar e contar os acontecimentos do fim-de-semana, enquanto me escorre água do cabelo em cima do teclado.... bah

Por ordem cronológica, começamos por sábado. Fui com a Margarida (uma moça portuguesa que vive no nosso prédio - arquitecta, mas já lá vamos) à praia em Copacabana. Mas que má experiência! A praia cheirava mal nas horas! Havia umas algas enroladas na areia a secar com um calor alucinante. A praia tem uma corrente muito, muito MUITO forte! (e tinha mais algas gelatinosas - iék)
Conclusão: não foi a melhor experiência de praia no Rio de Janeiro, mas aparentemente foi mesmo uma grande excepção, e aquilo não costuma estar assim (acho que o melhor é Ipanema - e a barra da Tijuca - mas isso já é outro nível).
Então, os turistas reconhecem-se por levarem toalha para a praia (aqui é só daquelas cangas fininhas) e toda a gente se senta nas cadeirinhas (não necessariamente a olhar para o mar - eles vão à praia para serem vistos). E não há silêncio na praia, nem vale a pena levar livro: estão todos aos berros a tentar vender tudo o que é comes e bebes!





Depois fomos aproveitar a restaurant week e fomos a um japonês em Botafogo. Fomos de van, que se apanha no calçadão. Qualquer uma serve, basta perguntar se passa pelo sítio onde queremos ir, e acerta-se o preço antes de entrar.
Eis as fotos do jantar:





De entrada comemos uns rolinhos de salmão grelhado recheado com queijo filadélfia e um molho tipo melaço (deliciosos!) depois, havia um farfalle ao molho de camarão com tomate cherry, shitake (?) e tofu, ou então um combinado de 20 peças.
Depois fomos para a Lapa, que funciona mais ou menos (mais para o menos) como o bairro alto. Trata-se de uma zona com casas estilo colonial (acho eu - não fiz pesquisa, e também só lá fui à noite) onde há barzinhos com música ao vivo - brasileira - e umas barraquinhas com comida. Voltámos para casa de táxi, um serviço que até funciona bem.

Nessa noite choveu como se não houvesse amanhã!
(mas houve, e fomos ao cinema: é bastante caro, 20 reais, mas aqui o cartão de estudante compensa mesmo, não se trata apenas de um desconto, as coisas ficam todas a metade do preço - note to self: arranjar cartão de estudante)

E hoje foi mais um dia de trabalho: experimentei ir de ônibus ehehe! 2,5 reais, e alguns até são relativamente suportáveis. Mas apanhei uma molha a sair do estúdio!! tive de esperar pelo bus abraçada a uma árvore de forma a não levar com gotas gigantes de água em cima! 

Au revoir
Eu já não tenho paciência para escrever coisas que vocês não têm paciência para ler


Friday, October 28, 2011

Primeiro dia de trabalho

ah pois é! cheguei há exactamente uma semana (na sexta feira dia 21) e hoje foi o meu primeiro dia de trabalho! Consegui a fantástica proeza (ironia - 4 é muito pouco) de visitar de bicicleta 4 ateliers de arquitectura situados na zona da lagoa (obviamente que foram previamente seleccionados em Lisboa). Escusado será dizer que houve alturas em que bufava de calor e cansaço enquanto pedalava ao sol escaldante +/- bem vestida (calças e camisa) o que é demais para esta gente, que prefere o uso da indumentária "fato-de-banho" - e é só.
Então, ontem, enquanto fui visitar mais ateliers, um deles sem qualquer esperança, mas também ficava numa zona meio manhosa que me fazia lembrar os musseques de Angola, entretanto recebi um telefonema do qual não deu para ouvir grande coisa, mas percebi "... arquitetura... hoje?...amanhã.. entre as 9h e as 10h... falar.... pode ficar o resto do dia..." - conclusão, hoje comecei a trabalhar! E bem!
Vou colocar umas imagens do percurso que faço para ir para o trabalho todos os dias, pela ciclovia da lagoa. (mas não se apoquentem com invejas, porque para chegar lá tenho de subir e descer um monte - cansativo, mas pelo meio dos prédios com carros e autocarros assassinos psicopatas - medo, muito medo)

Agora a parte da comida: a Rita tem chegado a casa com coisas deliciosas para eu provar, e só me lembrei de dizer isto agora, porque ela acabou de me dar um pedaço de broinha cafeina aquecida na tostadeira, com requeijão fundido por cima.... e ainda estou a flutuar de satisfação (a aparência é de uma broa, mas o sabor e texturas é mais de scone). Ontem foram uns biscoitos de polvilho, feitos com a mesma massa do pão de queijo, mas crocantes.
Hoje ao almoço apercebi-me que vou comer arroz com feijão todos os dias... que é o prato do dia .......(wait for it....)...... todos os dias!

Enfim...
(esta não foi a caminho do trabalho, mas achei que devia partilhar)


 (a minha bicicleta usada nova! - que hoje, de volta a casa, me deixou pendurada neste mesmo sítio, com a corrente presa)
ACEITAM-SE SUGESTÕES PARA NOMES!






Wednesday, October 26, 2011

No more news

Já tenho uma bicicleta! Mas tirando isso não há mais novidades... Fui deixar o meu currículo em dois ateliers, e num deles fiquei para a entrevista, e acho que gostaram mesmo de mim, mas só me confirmam para a semana se fico ou não.
Entretanto, com o meu novo meio de transporte, posso ir visitar outros dois estúdios que tenho na minha lista (e ficam uma beca mais longe).

Para vocês que não me largam com insistências de novidades: não há! ok, tenham calma! eu estou com sérias dificuldades em arranjar um adaptador para o meu PC e não consigo comunicar com tanta facilidade, para além disso, ando numa cruzada para arranjar trabalho, e como tal, não tenho andado a fazer turismo! Ainda nem tirei a máquina fotográfica da mala! Só vim morar para outro sítio, não mudei de personalidade para: "pessoa-super-fixe-que-faz-montes-de-coisas-giras-e-interessantes" - quando tiver novidades eu digo! (até estou a gostar disto do blog, já tenho um comentário positivo e tudo!)

Peace out!


Sunday, October 23, 2011

Dia 2 - Amor à segunda vista

Pois é! Com o mau tempo ontem acabei por ficar em casa e não vi o que esta cidade tem para dar! Hoje foi o dia em que me apaixonei pelo Rio!

Começando pelo início: ontem fiquei por casa a desfazer a mala e arrumar tudo nos devidos locais, previamente preparados e vagados pela Rita. Saí à rua para fazer aquilo que eu considerava ser o mais importante - arranjar um telemóvel brasileiro! Ora, já isso foi uma aventura! Sabia mais ou menos para onde tinha de ir, e que lojas deveria procurar... segui pela Av. Nossa Senhora de Copacabana que é bastante comercial, segue paralela ao calçadão (o google maps ajuda-vos), e fui vendo mais ou menos o que havia de lojas: TUDO! Segui até à loja da TIM, corresponde à TMN portuguesa, e surpresa das surpresas: não havia cartões! Maravilha... andei às voltas a subir e descer a rua até encontrar uma loja que vendesse um cartão da TIM. Não comprei telemóvel porque são o dobro do preço aqui, mais vale usar o que trouxe desbloqueado de portugal, é só trocar cartões. Devo dizer-vos que os/as personagens que estão na caixa de supermercado aqui são simplesmente... não sei como explicar... uhm.... "particulares".
Depois de ter comprado pão e cabides voltei para casa para trabalhar no portfolio e no curriculo, adicionar a morada e o contacto do celular brasileiro, para poder começar a intensiva busca de trabalho (acho que deixo isso para mais tarde).
Depois ficámos por casa a ver um movie no sofá (sofá-cama - absolutamente pecaminoso, uma bomba de inércia bastante efectiva) com uma amiga da Rita super divertida e simpática.

Agora, ao que mais interessa: o fantástico dia de hoje!
O sol apareceu, fui a pé pelo calçadão até ao hotel onde a Rita trabalha para ir buscar a bicicleta dela. Fui dar uma volta seguindo pela marginal de Ipanema cortando na Av. Epitácio Pessoa até chegar à lagoa: OMFG! que coisa bonita! Dei a volta completa e parei para beber uma água de côco bem gelada! Depois voltei para trás de forma a devolver a bicicleta à respectiva dona (e uma vez que já me doíam as costas de tanta bicicleta, achei por bem andar a pé) segui por copacabana onde parei para almoçar numa barraquinha da praia e voltei para casa.

O que é engraçado é a vida que por aqui há! Com cada personagem engraçada! E todos vivem em respeito uns pelos outros. Como é domingo a circulação automóvel estava fechada no calçadão e toda a gente estava na rua a andar a pé, de bicicleta, skate, patins, a passear o cão (e tantos cães de todas as raças! a maioria são gordos que nem texugos! e há uns pequeninos que andam de sapatos - ehehe - e ainda há uns que vão sempre ao colo). Mas as pessoas são extremamente civilizadas, nomeadamente em relação às regras das ciclovias, limpeza da rua, ajudam-se uns aos outros. Pessoas de todas as idades! Lindo!







Saturday, October 22, 2011

First day in RIO

Aqui vai um test drive ao blog.

Não sou pessoa para grandes escritas, mas devido a exigências familiares (leia-se Royal Family - vocês sabem quem são, até porque mais ninguém se vai pôr a ler isto...) sinto-me forçada a postar.

Viagem para o Rio de Janeiro, duração 9h30, num avião da TAP, onde fui colocada no último lugar (sim, fiz o check-in online, mas só havia mesmo janelas no fim do avião) e como bem sabem, a cauda abana pa c@#%/$! Para não variar os ecrãs individuais estavam avariados, por isso estou mesmo feliz por ter carregado a bateria ao ipod, e ter trazido um livro: "Catch 22", perfeitamente genial, mais um para me rir sozinha.

Chegando ao Rio, e para quem conhece os aeroportos brasileiros, já se sabe que a fila para passar na alfândega é muito menor para os estrangeiros, mas só está um balcão aberto (espertos) e só abrem os outros balcões quando acabar a fila gigantesca de residentes.... ora, lá se passaram 45 minutos à espera! Somando mais 40 minutos para a bagagem, e lá se pôs o sol. (estava mesmo com medo que a minha mala nunca mais aparecesse, já só sobraram meia dúzia de gatos pingados à espera das malas, e da minha niente!)

Anyway, back to the airport: à saída fui abordada por um moço nada mal jeitoso, a perguntar pelo bus para Ipanema, assim num inglês médio. Já sabia qual era o bus devido a um email supremamente elaborado pela Rita (estou a viver em casa dela agora) onde estava tudo bem explicadinho, e dirigi-me com o moço para o bus, onde viemos em animada cavaqueira, meio em inglês, meio em português (que ele tinha estudado) e meio em francês (a nacionalidade dele).

Cheguei ao meu destino mas já não tinha dinheiro no telemóvel português para ligar à Rita (que se ia encontrar comigo à porta de um hotel aqui ao pé de casa) nem para receber chamadas.
Desesperada (não muito) tentei ligar de um orelhão, mas é preciso ter um cartão de créditos, então não fui de modas e pedi ao porteiro se ele me deixava ligar! O moço foi impecável e emprestou-me o celular dele, ainda  ficámos na conversa até à Rita chegar.

Fomos para casa e o resto fica para outras núpcias que isto consome muito tempo e como boa desempregada que sou, não me dou a trabalhos destes.
(para além disso, a cadeira onde estou sentada está a desfazer-se e tenho medo, muito medo)